"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quinta-feira, 13 de abril de 2017

Reforma Trabalhista destrói a CLT

Temer quer o trabalhador brasileiro entre os mais pobres e explorados do mundo

Texto: Vagner Freitas – presidente nacional da CUT - Foto: Roberto Parizotti/CUT)

Para quem não acreditava que o golpe foi contra os trabalhadores e contra o Brasil, o projeto de reforma trabalhista não deixa dúvida. O objetivo desta reforma é promover uma completa flexibilização do mercado de trabalho, acabando com direitos que hoje estão garantidos em lei e que foram conquistados à custa de muitas lutas.
O projeto de lei propõe, de uma só vez:
- trocar o emprego “fixo”pelo “bico”,
- impedir os trabalhadores de recorrerem à Justiça do Trabalho
- e enfraquecer e matar os sindicatos.
A intenção é eliminar o emprego formal com registro em carteira, substituindo-o por contrato precário, por prazo determinado, sem benefícios, jornadas de trabalho maiores do que 44 horas semanais, sem direito a hora extra, sem férias e sem descanso semanal remunerado.
Em algum tempo, os postos de trabalho atuais serão substituídos por vagas de emprego precário, terceirizado, temporário e em tempo parcial, com baixos salários e direitos reduzidos. Serão substituídos também por contratos de trabalho intermitente, sem jornada definida, no qual o trabalhador recebe apenas o pagamento pelas horas trabalhadas, sem saber quando e por quanto tempo vai trabalhar, nem quanto vai receber no final do mês. O empregado fica a maior parte do seu tempo à disposição do patrão, mas só recebe pelas horas efetivamente trabalhadas.

Se essa reforma de trabalho servil for aprovada, o povo brasileiro ficará sujeito às piores condições de trabalho, com baixos salários e sem benefícios, completamente exposto a exploração dos patrões e a uma vida de instabilidade e insegurança.
Essa é a cara do trabalho no Brasil, que o governo Temer e o Congresso querem impor aos trabalhadores e à sociedade. Esse será o triste futuro dos nossos filhos e netos num país de enorme desigualdade social e sem sindicatos para defendê-los.

Por isso que o Brasil está se mobilizando para a Greve Geral no dia 28 de abril

São Paulo, 13 de Abril de 2017

Vagner Freitas
Presidente

Nenhum comentário:

Postar um comentário