"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



terça-feira, 31 de março de 2020

CNTE: Manifesto dos(as) trabalhadores(as) em educação em defesa da vida

O momento pelo qual o país e o mundo passam exige de todos nós um grito de coragem! Diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19), o planeta e seus habitantes não podem mais ser os mesmos! Centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, sobretudo o enorme contingente de trabalhadoras e trabalhadores informais, desamparados/as de toda e qualquer proteção social e econômica, sofrem e sofrerão cada vez mais, a cada semana, os desdobramentos de uma epidemia virótica que não escolhe suas vítimas por cor, origem social, condição de renda, opção religiosa ou nacionalidade.
A gravidade do atual momento clama por solidariedade de todos/as. E por este Manifesto, as educadoras e os educadores do Brasil vêm a público defender a vida humana, imbuídos do mais profundo sentimento de altruísmo. Fazemos de nossa voz o ruído estrondoso das grandes multidões esquecidas, desamparadas e invisíveis.
O cenário atual do mundo e do Brasil torna imperativo o reconhecimento de que a solução para o momento pelo qual passamos se encontra em fortalecer o Estado e as políticas públicas. Não há perspectiva de futuro sem ações coletivas e solidárias! As regras do mercado não conseguem amparar o sofrimento da grande maioria da população nacional e mundial. Mais do que nunca, os serviços públicos de saúde devem ser regidos por uma lógica de atendimento universal e gratuito. A saída da atual crise passa por mais Estado para financiar políticas públicas para a população, e menos mercado!
Por essa razão, um Estado forte e atuante não pode prescindir de servidores públicos em quantidade adequada e qualidade comprovada. A política neoliberal de diminuição do Estado e do contingente de servidores públicos se mostra, a cada dia, um absoluto fracasso. São os servidores, comprometidos com o atendimento público, especialmente dos mais pobres, que podem nos garantir a vida nesse momento de dor e sofrimento.
Diante do atual quadro de absoluta crise sanitária, o governo brasileiro, com ações contraditórias, se esquiva da verdadeira dimensão do problema e, de forma criminosa, atua como inimigo do povo. A sua crença e ação política em favor dos mercados e contra as políticas públicas, escancararam a execrável defesa deliberada contra a vida (e pela morte). Em um momento em que necessitamos de união e liderança para tratar desse imenso desafio que se coloca à nossa frente, o Presidente Jair Bolsonaro briga com governadores, vocifera contra a imprensa e age seguidamente na contramão de um verdadeiro chefe de Estado da Nação, contrariando pesquisas cientificas e modelos exitosos de enfrentamento do coronavírus.
Atuando sistematicamente contra a política de isolamento social, recomendada em todo o mundo pelas autoridades sanitárias e científicas, o Presidente Bolsonaro faz o desserviço de chamar a população às ruas e, se não bastasse, tenta promover com o dinheiro público uma campanha institucional chamada “O Brasil não pode parar”. Propõe o fim da política de isolamento social em nome de uma suposta retomada da atividade econômica, como se a economia não dependesse da vida das pessoas para ela mesma sobreviver.
A epidemia que se espalha pelo país, e que tende a se agravar nas próximas semanas, especialmente se a política de isolamento social for abandonada pelos governos das três esferas, exige do Estado ações de amparo à vida das pessoas com auxílio e suporte para atravessar esse caminho difícil. E é urgente que o Governo mude a sua trajetória de defesa intransigente do ultraliberalismo econômico, que prega o Estado mínimo acima de tudo e de todos, para adotar medidas inclusive similares à de países capitalistas do chamado Primeiro Mundo, que protegem a população e a classe trabalhadora da pandemia viral.
Desde o início, o governo do Brasil tem agido em oposição ao resto do mundo no combate ao coronavírus. Além de desestimular o isolamento social, pressionando trabalhadores/as e escolas a retomarem suas atividades, o governo já permitiu o corte de salários de empregados/as regidos pela CLT, sem qualquer contrapartida a esses/as trabalhadores/as; e a demissão de funcionários contaminados pela COVID19 sem o pagamento de indenizações trabalhistas, caso o/a empregado/a não consiga provar o nexo causal da contaminação com o ambiente de trabalho. Agora ameaça confiscar parte dos vencimentos de servidores públicos, entre outras medidas que denunciam a desumanidade desse Governo e seu despreparo para coordenar a retomada da economia após superada a crise sanitária. Como retomar a atividade econômica com milhares de vidas ceifadas e com a renda das famílias deterioradas? Os interesses do patronato, defendidos pelo Governo Bolsonaro, são imediatistas, inconsequentes e improdutivos, tanto do ponto de vista do enfrentamento da crise sanitária, quanto para alavancar a retomada do desenvolvimento econômico.
Ao invés de cortar direitos da classe trabalhadora e de submeter a população à contaminação desenfreada do coronavírus, o Governo, em parceria com o Congresso Nacional, deveria revogar a Emenda 95 (que impede os investimentos sociais) e concentrar esforços para cobrar impostos dos abastados de nossa sociedade. O Brasil, que concentra um dos maiores índices de desigualdades do planeta, onde o 1% mais rico detêm mais da metade da renda nacional, tem mais de duas centenas de bilionários que praticamente não pagam impostos. Entidades de auditores da Receita Federal estimam ser possível arrecadar R$ 272 bilhões, apenas com impostos sobre as fortunas dos endinheirados brasileiros, entre os quais constam até religiosos.
A taxação das grandes fortunas, de lucros e dividendos de pessoas físicas ricas e o aumento das alíquotas dos tributos patrimoniais e sobre as maiores rendas, são medidas urgentes e altamente eficazes para combater as desigualdades e para prover bem-estar a toda população, em especial em momentos de crise como a que vivenciamos.
Ainda no vácuo de poder e liderança que o país atravessa, a iniciativa do Congresso Nacional, que a partir da proposição da bancada da Minoria aprovou o projeto que institui um pagamento emergencial por três meses a pessoas de baixa renda no valor de R$ 600,00 (podendo chegar a R$ 1.200,00 para mães arrimo de família), merece ser reconhecida, porém exige implementação imediata. Ainda que insuficiente, o projeto demonstra, minimamente, uma preocupação que não se encontra nos atuais ocupantes do poder executivo federal. Lembremos que a proposta de “ajuda” do Governo era de míseros R$ 200,00 mensais.
De outro lado, grande parte dos governos estaduais e municipais, independentemente de suas orientações políticas ou partidárias, também agem com proeminência diante da crise, mesmo tendo de enfrentar, a todo momento, ataques inconsequentes do governo federal.
Diante desse cenário, os/as trabalhadores/as em educação das escolas públicas se manifestam nos seguintes termos à sociedade brasileira, em especial a toda comunidade escolar:
* Exigimos medidas econômicas e de saúde pública diferentes daquelas defendidas pelo presidente Bolsonaro, muitas das quais contrariam o próprio Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, uma vez que carecem de bases teórica e empírica. O presidente tem se pautado, exclusivamente, nos interesses imediatos de empresários descomprometidos com a vida da população e com os direitos dos/as trabalhadores/as;
* Manutenção dos salários (sem cortes), do emprego, da renda e dos contratos de trabalho, nos setores público e privado, adotando-se políticas de subsistência digna às famílias brasileiras, especialmente àquelas oriundas de segmentos historicamente marginalizados pelas políticas públicas;
* Adoção de mecanismos econômicos que garantam a compensação de prejuízos impostos aos/às trabalhadores/as (e não apenas aos empresários), ajuda aos microempreendedores individuais (MEI) e instituição de renda mínima universal (digna) aos desempregados, trabalhadores informais e às famílias mais pobres que foram excluídas desde 2016 do programa Bolsa Família;
* Taxação das grandes fortunas no Brasil para financiar as políticas de enfrentamento da pandemia e para alavancar o futuro processo de desenvolvimento social e econômico, de maneira sustentável e em respeito ao meio ambiente.
* Defesa intransigente do Sistema Único de Saúde (SUS) e de todos os seus profissionais, devendo o governo ampliar a oferta de testes rápidos para o coronavírus e a quantidade de leitos para terapia intensiva;
* Manutenção do fechamento integral das escolas brasileiras, a fim de conter a propagação do novo coronavírus, podendo as escolas públicas servirem de espaços para atendimento de outras medidas emergenciais a cargo dos órgãos de saúde pública e assistência social;
* Em defesa da vida das pessoas, na sua integralidade, garantindo-lhes a adequada segurança alimentar, especialmente aos/as estudantes pobres que dependem de comida na mesa em seus lares. Para tanto, os governos devem priorizar a compra de produtos da agricultura familiar, como forma de ajudar essa importante área social.
Urge que comecemos a pensar no futuro! A sociedade exige mais Estado e mais políticas públicas! Mais solidariedade dos governos e menos austeridade com o povo! Mais saúde e educação públicas de qualidade, moradia, saneamento, segurança, enfim, respeito especialmente aos mais pobres e vulneráveis! Essas são as bandeiras que professores/as e funcionários/as da educação oferecem ao país de forma generosa!
Ao caminhar na contramão desses valores universais, o governo Bolsonaro entra em rota de colisão com a maior parte da população brasileira e planetária, que luta neste momento pelo direito à vida! Mais uma razão, entre muitas, para que as instituições nacionais (Legislativo e Judiciário) revejam a postura complacente com que tratam esse governante tirano, desrespeitoso para com seu povo e que insiste em transgredir a ordem pública e a comprometer vidas humanas em defesa de seu projeto pessoal inconsequente.

Brasília, 30 de março de 2020
Direção Executiva da CNTE

quinta-feira, 19 de março de 2020

Coronavírus em SC: Educação responde as principais dúvidas da Gestão Escolar sobre suspensão das aulas

(Texto: Ana Paula Flores/Secom-SED)

Com a adoção de medidas restritivas no combate à proliferação do novo coronavírus, a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED) realizou uma videoconferência com os responsáveis pelas 36 Coordenadorias Regionais de Educação para responder dúvidas e colocar em prática o plano de suspensão de aulas por 30 dias na rede estadual de ensino. A medida foi definida por decreto, publicado na terça-feira, 17.
A reunião com o secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni, o secretário adjunto, Vitor Fungaro Balthazar, diretores, assessores, coordenadores regionais e supervisores permitiu o detalhamento das ações que estão sendo adotadas no ensino, na infraestrutura e na gestão escolar, em torno do funcionamento de escolas, coordenadorias e do órgão central, recesso antecipado e estímulo para os alunos.
Uggioni explicou aos participantes da videoconferência a decisão do Governo do Estado, com as medidas restritivas e o decreto de situação de emergência. “Precisamos pensar coletivamente nos cidadãos do nosso Estado. A adoção das medidas restritivas nesse momento não foi algo fácil, mas esperamos que tenham o efeito desejado e assegurem a contenção da pandemia no nosso território.”
O secretário e a equipe do órgão central informaram os participantes e responderam às perguntas das regionais.

As principais dúvidas dos gestores regionais:

1) Como fica a atuação dos servidores da Educação?
Professores e servidores das escolas entram em recesso e aguardam comunicado no dia 02 de abril, com a avaliação do período e o cenário.
Servidores administrativos do órgão central e das Coordenadorias Regionais de Educação permanecem em atividade, conforme o decreto nº 509/2020, mas o trabalho será remoto, podendo haver casos excepcionais, de acordo com demandas eventuais. Os servidores poderão acessar o sistema em modo remoto durante o período de isolamento.
Trabalhadores contratados por empresas terceirizadas que atuam para a SED também param as atividades. Da mesma forma, os contratados por Associações de Pais e Professores (APPs). A atuação da vigilância patrimonial será mantida.

2) Qual será o calendário de reposição das aulas?
A preocupação com o calendário é evidente, mas ainda é prematura uma tomada de decisão. A Secretaria de Estado da Educação, juntamente com Ministério Público, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e Conselho Estadual de Educação (CEE), estão dialogando para soluções relacionadas à reposição de calendário, considerando a necessidade do cumprimento de 800 horas-aula anuais. Assim que houver definição, os gestores serão informados.

3) Como orientar os pais que estão em casa com os filhos nesse momento?
É importante esclarecer que este período não é um período de férias, mas um recesso antecipado para evitar o contato social e contribuir com as medidas de prevenção ao novo coronavírus. Portanto, a orientação principal é evitar que as crianças e os jovens saiam de casa.
A Diretoria de Ensino da SED está atuando na produção de materiais para aproveitamento do chamado “ócio criativo”. Serão disponibilizados conteúdos e sugestões de atividades em família, como dicas de leitura, filmes, games e solução de problemas, para ocupar de forma produtiva o tempo que os estudantes passarão em casa. A SED irá difundir este conteúdo entre a comunidade escolar nos próximos dias.

4) O que acontece com a alimentação escolar?
A SED mantém a entrega de alimentação escolar nas aldeias indígenas de todo o território catarinense. Também foi definida pela SED a logística de retirada dos alimentos que ainda estão nas cozinhas das escolas. Os diretores podem ser acionados para que as empresas terceirizadas que atuam nesta demanda realizem a coleta.
A SED viabiliza uma solução para atender a alunos de baixa renda. A mais ágil é a destinação de recursos para alunos em vulnerabilidade social e famílias com baixa renda via cartão bolsa-família como um adicional per capita. A secretaria aguarda o avanço da proposta, feita para o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e que será deliberada pelo fundo, vinculado ao Governo Federal. Outras alternativas são estudadas para a segunda quinzena de suspensão de aulas.

5) Como fica a segurança nas escolas estando elas fechadas?
Os vigilantes contratados estarão nos postos de trabalho. O gestor escolar precisa, ao fechar a escola nesse período, verificar o funcionamento correto do alarme, para reduzir a possibilidade de ocorrências.

6) Quais as orientações para o trabalho remoto dos servidores administrativos das coordenadorias?
A SED orientou que os servidores e as coordenadorias (CREs) reúnam os dados das pessoas e os encaminhem à gestão direta para os acessos necessários a sistemas para o desempenho do trabalho remoto.

7) Como ficam os serviços de manutenção que haviam iniciado?
Os serviços e obras que estavam sendo executados, como capina e roçada, devem ser paralisados por sete dias, em atendimento ao decreto de emergência do Governo.

8) As últimas chamadas dos professores ACT, realizadas a partir de 16 de março, serão válidas?
Os contratos já assinados deverão ser mantidos. No caso de contratos ainda não inseridos no sistema, os mesmos não terão efeito. Uma nova chamada de ACT será feita quando a situação retornar à normalidade, respeitando a lista de classificação dos professores aprovados.

9) O cartão CPESC mudará o prazo de utilização?
O período de uso do cartão que atende aos gestores escolares para pequenos reparos, o CPESC, é de 90 dias, mas esse prazo poderá ser prorrogado, conforme a necessidade, quando houver o retorno das aulas nas unidades escolares.

10) É possível autorizar o empréstimo eventual de escolas para atividades de saúde, como vacinação?
A SED informa que compete aos coordenadores promover essa articulação com as autoridades de saúde locais nas regiões. Portanto, os gestores regionais e locais devem receber esses documentos e avaliar cada caso. Nesse momento de pandemia, as definições das secretarias de saúde se sobrepõem à educação.

11) Qual a orientação para as Associações de Pais e Professores (APPs) que teriam eleições nos próximos dias?
A recomendação é confeccionar uma nova ata, informando ao banco que a vigência da APP continua nesse período de pandemia.

12) Atividades dos professores devem ser inseridas no sistema professor on-line?
Atividades realizadas segunda, 16, e terça-feira, 17, devem ser inseridas normalmente no sistema, que ficará aberto para que os professores que quiserem o utilizem para colocar conteúdos em dia.

13) Quais os contatos ativos da SED durante o período de trabalho remoto?
Os e-mails estarão ativos, apenas os números de telefone fixo não valem para o período de isolamento:
Gabinete do Secretário
gabs@sed.sc.gov.br
Gabinete do secretário adjunto
gabsa@sed.sc.gov.br
Coordenador das Regionais de Educação
assessoriacre@sed.sc.gov.br
Assessoria de Articulação com os Municípios
osmarmatiola@sed.sc.gov.br
Assessoria de Comunicação
imprensa@sed.sc.gov.br
(48) 99132-5252
(48) 8821-7367
(48) 9698-4543
Consultoria Jurídica
cojur@sed.sc.gov.br
Controle interno e ouvidoria
controleinterno@sed.sc.gov.br
ouvidoria@sed.sc.gov.br
Diretoria de Administração e Finanças
diaf@sed.sc.gov.br
Diretoria de Ensino
digr@sed.sc.gov.br
Diretoria de Gestão de Pessoas
digp@sed.sc.gov.br
Diretoria de Planejamento e Políticas Educacionais
dipe@sed.sc.gov.br
- Consulte os e-mails de todas as gerências da SED.
- Consulte os e-mails de todas as Coordenadorias Regionais de Educação.
- Comunicados e informes serão encaminhados por e-mail aos servidores ou publicados no site sed.sc.gov.br.
- Informações oficiais sobre o coronavírus são difundidas no site http://www.saude.sc.gov.br/coronavirus/.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Coronavírus em SC: Educação informa medidas durante suspensão de aulas e de trabalho presencial

(Texto:Sicilia Vechi - Foto:Cristiano Estrela/Secom-SED)

A Secretaria de Estado da Educação (SED) informa as ações adotadas para a suspensão das atividades dos servidores e das estruturas vinculadas à pasta, a partir do dia 18, quarta-feira. Além da administração central, situada em Florianópolis, a SED conta com 36 coordenadorias regionais de educação, nas seis macrorregiões de SC. O atendimento ao público externo já foi interrompido no órgão central e nas coordenadorias.
O secretário de Educação, Natalino Uggioni, fez, ontem (17/03), videoconferência com os integrantes das coordenadorias e supervisores na tarde desta quarta-feira para esclarecer dúvidas sobre os 30 dias de suspensão das aulas nas unidades das redes pública de ensino, decretados pelo Governo de Santa Catarina na terça-feira, 17, e a situação de emergência decretada na mesma data, em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).
Acompanhe abaixo como ficará a situação dos profissionais da educação:
Professores e servidores das escolas
Permanecem em recesso por 15 dias, aguardando novo comunicado no dia 02 de abril, após avaliação do período.

Servidores administrativos do órgão central e Coordenadorias Regionais
Conforme o decreto nº 509/2020, servidores públicos estaduais permanecem em atividade. O trabalho será remoto, podendo haver casos excepcionais no órgão central e nas coordenadorias, de acordo com demandas eventuais. Coordenadores regionais e supervisores serão informados na videoconferência sobre a abertura de sistema para o trabalho remoto

Terceirizados
A vigilância patrimonial mantém os serviços. As demais empresas adotam os 15 dias de recesso.

segunda-feira, 16 de março de 2020

Secretária de Políticas Sociais do SINTE/SC, Elivane Secchi, fala sobre deliberações do SINTE, a partir da suspensão das aulas:

Entrevista com Elivane Secchi, Secretária de Políticas Sociais do SINTE/SC, na Rádio Entre Rios, de Palmitos:

SINTE-SC: Governo Moisés coloca vidas de estudantes, professores e funcionários de escolas em risco

Por Elivane Secchi, Secretária de Políticas Sociais do SINTE/SC

Enquanto a comunidade científica mundial tenta conter a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o governo Moisés ignora os riscos de contaminação, e coloca em risco vidas de estudantes, professores e funcionários de escolas da rede pública estadual. Na rede pública estadual de Santa Catarina, são 538 mil alunos, em 1.071 unidades escolares.
Conforme o site oficial do governo do Estado -https://www.sc.gov.br/noticias/temas/saude/santa-catarina-registra-dois-novos-casos-de-coronavirus-e-divulga-plano-de-contingencia-para-enfrentar-a-doenca -, sábado passado (14/03), o governador Carlos Moisés lançou “um plano de ações para conter o avanço do COVID-19 no Estado”. A Assessoria de Comunicação do governo estadual informa ainda: “Em reunião com todos os secretários do Estado, o governo fez uma série de definições, entre elas estabeleceu o cancelamento de todos os eventos públicos do Executivo Estadual e suspensão da participação do poder público Executivo Estadual em viagens interestaduais e internacionais”. Em coletiva à imprensa, hoje (16/03) pela manhã, o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, confirmou que “o Estado segue com seis casos confirmados da doença Covid-19: dois em Florianópolis, dois em Rancho Queimado, um em Joinville e um em Braço do Norte”. Em todo o mundo (144 países), são 153,5 mil casos de covid-19, sendo 81 mil na China e 5.735 na Itália. O Brasil tem 200 contaminações confirmadas.
Ao contrário do governo Moisés, toda a comunidade escolar catarinense sabe que o ambiente escolar não só representa, de maneira empírica, os reflexos da sociedade contemporânea. Cada unidade escolar é foco, sim, de disseminação de doenças e contágio. É sobre isso que tratam todos os alertas preventivos, no mundo inteiro.
O descaso do governo Moisés torna-se explícito, nas “Ações estabelecidas pelo governo do Estado”, quando refere-se à educação: “As aulas estão mantidas no momento e autorização para que diretores das escolas adquiram através do cartão Cpesc álcool gel para disponibilização das salas de aula”. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), até sexta-feira (13/03), pelo menos 39 países haviam suspendido as aulas nacionalmente, afetando mais de 420 milhões de estudantes. Em 22 países, entre os quais o Brasil, as aulas foram suspensas em algumas partes do território.
No Rio Grande do Sul, após pressão do CPERS e da comunidade escolar, pela suspensão imediata das aulas, o governador acaba de anunciar, em coletiva, a adoção da medida na rede estadual a partir de quinta-feira (19/03). O período inicial é de duas semanas e pode mudar, dependendo da evolução dos casos. Segundo o governo, os alunos(as) receberão atividades para fazer em casa.
No Paraná, a Direção Estadual da APP-Sindicato fez contato com o Secretário da Educação, Renato Feder, solicitando imediata suspensão do calendário escolar. Tal medida prende-se ao fato da constatação da importância das medidas preventivas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. Especialistas em saúde pública apontam que a melhor alternativa é evitar a aglomeração de pessoas, antes da disseminação massiva das contaminações.
Na região sul, só mesmo o governo Moisés ignora o risco de contaminação, desrespeitando, mais uma vez, a educação pública e toda a comunidade escolar. Sr. governador, anunciar distribuição de álcool gel nas escolas, como “contenção de danos”, é desconsiderar vidas e a saúde da população catarinense!
A Executiva Estadual e todas as Coordenações Regionais do SINTE/SC estão seriamente preocupadas com o avanço da pandemia de coronavírus. Ao contrário do sr. governador, o SINTE/SC, por considerar somente o uso do álcool gel, prevenção básica pessoal, decidiu suspender a realização da Assembleia Estadual, que aconteceria na próxima quarta-feira (18/03), em Florianópolis. A saúde dos trabalhadores e trabalhadoras em educação garante a continuidade da luta!
Alguém do magistério, que não precise marcar audiência, por favor, explique ao governador Moisés: Etimologicamente, a palavra PREVENIR vem do Latim PRAEVENIRE, “Medida tomada por antecipação, a fim de evitar um mal; perceber previamente”, literalmente, “chegar antes”, de PRAE, “antes”, mais VENIRE, “vir”. E mais: A cena que se vê, diariamente, pelos corredores e salas de aulas das escolas, chama-se “aglomeração de pessoas”, termo usado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando trata do que é preciso evitar. Descaso nunca foi sinônimo de prevenção!
SINTE oficializa ao governo, exigência da suspensão das aulas da rede pública estadual:

sábado, 14 de março de 2020

14 de março – Do luto à luta: Sem Marielle, por Marielle!

Por Elivane Secchi, Secretária de Políticas Sociais do SINTE/SC

(Crédito/foto: Mídia Ninja)

Marielle Franco tinha origem negra, “cria da favela da Maré” (RJ), como ela mesma se identificava, socióloga que formou-se na PUC/RJ, com 100% de bolsa de estudo. Nasceu em 27 de julho de 1979, e foi brutalmente assassinada em 14 de março de 2018, uma quarta-feira de intenso trabalho, no gabinete da 5ª vereadora mais votada no Rio de Janeiro (mais de 45 mil votos), Marielle Franco. Logo após o final da sessão legislativa, Marielle chamou o motorista do mandato, Anderson Gomes, e partiram à Casa das Pretas, na Lapa, onde a vereadora participaria de mais uma reunião de mulheres, para fortalecer o empoderamento feminino negro, quando falou da necessidade urgente de organização de cada vez mais mulheres negras na política: “Não podemos mais continuar ocupando espaço, de dez em dez anos, como aconteceu com a Bené, a Jurema, e agora eu. Precisamos de maior representatividade. Vamos à luta, gente!”
O que aconteceu, depois que Marielle saiu da reunião, acompanhada pela assessora do mandato (Fernanda Chaves), ambas seguindo de carro dirigido por Anderson, o mundo inteiro ficou sabendo. Não só as manchetes nacionais destacaram o cruel assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A partir daquela madrugada, a mídia internacional ressaltou a triste ocorrência, sempre cobrando das autoridades brasileiras as respostas para: Quem matou Marielle? Quem mandou matar Marielle? Por que mataram Marielle? Dois anos sem respostas.
A morte de Marielle Franco foi emblemática. Não só no Rio de Janeiro, mas por todo o Brasil (por que não dizer pelo mundo), as mulheres passaram a ocupar mais os espaços públicos, com manifestações organizadas, a partir de pautas feministas, sempre denunciando o fato de as autoridades competentes não concluírem o inquérito do duplo homicídio. Em Paris, Marielle foi homenageada com o nome de um Jardim Central. Em Colônia, na Alemanha, foi inaugurada a Rua Marielle Franco. No Rio de Janeiro, um deputado do PSL quebrou uma placa de homenagem a Marielle. Em pouco tempo, a placa foi reproduzida, e hoje são milhares, no mundo todo.
Para este ano, as lideranças do Instituto Marielle Franco já haviam organizado diversas manifestações, por todo o Brasil, para, mais uma vez, cobrar: Quem matou e quem mandou matar Marielle? A pandemia do coronavírus foi o motivo de os manifestos terem sido cancelados.
A partir do brutal assassinato de Marielle, muitas Marielles – mulheres, negras, mães, faveladas – romperam paradigmas, foram à luta, atendendo ao chamado daquela que sempre trabalhou em defesa dos direitos humanos e pela igualdade de gênero. Há dois anos, mulheres de diversos cantos do mundo partiram do luto à luta: Sem Marielle, por Marielle! Hoje, não há como conter o movimento fortalecido por Marielle, que continua se multiplicando, cada vez que (mais) uma mulher decide dizer não e denunciar humilhações, maus tratos, assédio, violência. É a voz forte de Marielle que reverbera: “Vamos à luta, gente!”

quinta-feira, 12 de março de 2020

Secretária de Políticas Sociais homenageia as mulheres no 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC

Desde ontem (11/03), acontece, em Balneário Camboriú, o 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC. No início da tarde de hoje, a Secretária de Políticas Sociais do SINTE/SC, Elivane Secchi, homenageou as mulheres, em nome da Executiva Estadual do Sindicato, no 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os.
Elivane destacou a celebração do Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março, com a Cartilha “Precisamos falar sobre as mulheres”, produzida pelo Coletivo de Mulheres Antonieta de Barros do SINTE/SC. Após apresentação de vídeo em homenagem as mulheres, em imagens de diversas lutas do SINTE, a Secretária de Políticas Sociais anunciou a entrega de rosas a todas as participantes do evento. Elivane entregou uma das rosas a Marlusa Kayser Karklis, Secretária dos Aposentados e Assuntos Previdenciários do SINTE/SC, organizadora responsável pelo 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os, em Balneário Camboriú.

Assista o vídeo:

Regional de Palmitos presente no 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC

A Coordenadora Regional do SINTE de Palmitos, Miriam Herbert, e as professoras aposentadas Marlene Deimiling, Jacinta Languinotti, Maria Luiza Mayer, Nerica Zimmer, Isolde Backes Both, Marli Azolini e Selma Corbari participam, em Balneário Camboriú, do 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC. O evento, realizado desde ontem (11/03), encerra hoje, com participação maciça de aposentadas e aposentados de todas as Regionais do SINTE/SC. Diversas atividades são realizadas, durante o encontro, com palestras, apresentações artísticas e homenagens. A proposta de reforma da Previdência, encaminhada pelo governo Moisés à Assembleia legislativa, é um dos temas mais preocupantes, no 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC.
Conforme Miriam Herbert, “o encontro representa a união da categoria, comprovando que ninguém se aposenta da luta”. Acrescenta a Coordenadora Regional que “retornamos a Palmitos, chamando a categoria para participar da Assembleia Estadual do SINTE, que acontecerá na próxima quarta-feira, dia 18, em Florianópolis”. Miriam Herbert manifestou-se no encontro:


quarta-feira, 11 de março de 2020

Câmara dos Deputados: Parecer sobre Fundeb permanente será votado hoje

O parecer da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) à proposta que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb (PEC 15/15) será votado hoje na comissão especial que analisa o tema.
Em um texto substitutivo à proposta original, Professora Dorinha sugere maior participação do governo federal no financiamento da educação básica, começando em 15% e aumentando um ponto percentual por ano, até atingir o índice de 20%, em um prazo de seis anos.

Assista ao vivo a Reunião Deliberativa Ordinária da Comissão Especial:

terça-feira, 10 de março de 2020

Lideranças da Regional de Palmitos viajam para participar do 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC

Na noite desta terça-feira (10/03), lideranças da Regional de Palmitos estão viajando, para participar do 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC. O importante evento será realizado no auditório do Hotel Sibaram em Balneário Camboriú, nos dias 11 e 12 de março.
O 2º Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC reunirá professoras e professores aposentados de todas as Regionais do Estado. Da Regional de Palmitos, participam do encontro, em Balneário Camboriú: Marlene Deimiling, Jacinta Languinotti, Maria Luiza Mayer, Nerica Zimmer, Selma Corbari e Miriam Herbert. A Secretária de Políticas Sociais do SINTE/SC, Elivane Secchi, da Regional de Palmitos, também participará do evento.

terça-feira, 3 de março de 2020

SINTE/SC: Precisamos falar sobre as mulheres

O Coletivo Estadual de Mulheres Antonieta de Barros do SINTE/SC está lançando a Cartilha "Precisamos falar sobre as mulheres".  Trata-se de reflexão, com dados estatísticos, sobre a condição da mulher, no Brasil, perpassando pela história feminina e feminista, que revolucionou e revoluciona todos os setores da sociedade. Na contramão, a violência contra as mulheres avança e apavora, com índices cada vez mais altos. A Cartilha lançada pelo Coletivo Estadual de Mulheres Antonieta de Barros do SINTE/SC também destaca essa violência machista e misógina atual.

Assista o vídeo do lançamento da Cartilha, pelo Coletivo Estadual de Mulheres Antonieta de Barros do  SINTE/SC:

Coordenação Regional do SINTE de Palmitos realizou hoje (03/03) o Encontro Regional de Aposentados

A Coordenação Regional do SINTE de Palmitos realizou, manhã de hoje (03/03), o Encontro Regional de Aposentados. O evento foi realizado no auditório da Regional do SINTE, e contou com a palestra da Professora Mestra Lucineide Orsolin, sobre “Desafios e Sonhos em Tempos de Aposentadoria”. A Coordenadora Regional do SINTE de Palmitos, Miriam Herbert, repassou informes a respeito da pauta de reivindicações do SINTE/SC, além de chamar a categoria para que participe da Assembleia Estadual, no próximo dia 18, em Florianópolis.
Durante o Encontro Regional de Aposentados no SINTE de Palmitos, foram escolhidas as delegadas que participarão do Encontro Estadual de Aposentadas/os do SINTE/SC, dias 11 e 12 de março, em Balneário Camboriú: Marlene Deimiling, Jacinta Languinotti, Maria Luiza Mayer, Nerica Zimmer, Selma Corbari e Miriam Herbert.