"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



terça-feira, 18 de abril de 2017

Pressão para votar NÃO ao projeto de Reforma Trabalhista

Políticos que votam contra os trabalhadores não estão tendo sossego em Santa Catarina. Sindicalistas estão por toda parte pressionando os deputados federais e senadores para votarem contra projeto que retira direitos
(Texto: Sílvia Medeiros/CUT-SC)

Está previsto para ser votado ainda entre os dias 18 e 19 de abril na Câmara dos Deputados a Reforma Trabalhista que mexe em mais de 100 direitos garantidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT. A reforma, chamada pelos defensores de modernização, fará um grande desmonte nos direitos trabalhistas, como: parcelamento de férias e décimo terceiro; diminuição do intervalo de almoço; aumento das horas de trabalho por dia; liberação do patrão negociar os direitos e valer mais do que a lei; aumento do tempo do trabalho temporário, entre outras medidas.
Para barrar esse grande retrocesso a CUT-SC, junto com demais centrais sindicais, Frentes, Fórum e movimentos sociais organizou diversos manifestos. “A nossa intenção é mostrar aos parlamentares que a classe trabalhadora não os deixarão sossegados se eles retirarem os direitos conquistados a duras penas”, explica Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC. Para ela, a Reforma da Previdência acaba com os direitos do povo e a reforma Trabalhista rasga totalmente os direitos da classe trabalhadora.
Na porta de casa - Na região Oeste os deputados federais Valdir Colatto e Celso Maldaner, ambos do PMDB, tiveram uma visita inusitada no domingo de páscoa. Várias lideranças sindicais foram até a casa dos parlamentares avisa-los que caso votem contra os trabalhadores, eles serão denunciados em todos os espaços.
Com megafone, faixas, cartazes e muita coisa para dizer, os sindicalistas receberam o apoio da população que aplaudiu o manifesto. Para Adriana Maria Antunes de Souza, Secretária de Comunicação da CUT-SC, a medida é necessária pois os deputados não estão com  pudores ao votar contra os trabalhadores. “Eles estão muito cômodos, vão lá e votam contra a gente e depois só aparecem para pedir o voto em quatro em quatro anos. Eles precisam se responsabilizar com suas posturas, precisam encarar o povo e falar porque estão votando contra nós”, afirmou Adriana.
No portão de embarque – Na segunda-feira, dia 17 de abril e na terça, dia 18 os dois principais aeroportos de Santa Catarina, em Florianópolis e Chapecó foi ocupado pelos representantes de trabalhadores e movimento social que foram acompanhar o embarque dos deputados e senadores que vão para Brasília.
Recepcionados com cartazes, faixas e gritos de palavra de ordem, alguns parlamentares tentavam passar sem cruzar com os sindicalistas, transparecendo ter medo de encarar o povo e esclarecer o seu voto. Alguns até paravam e diziam estar avaliando o projeto, mas somente o deputado federal Pedro Uczai do PT, passou pelo Aeroporto de Florianópolis e reassumiu o seu compromisso com os trabalhadores e o seu voto contrário a reforma Trabalhista. Foram abordados em Florianópolis a deputada Carmen Zanotto do PPS, Esperidião Amin do PP, Rogério Peninha do PMDB e o senador Dario Berger do PMDB e Dalirio Beber do PSDB.
Em Chapecó, os trabalhadores ficaram durante toda a segunda-feira e aproveitaram o momento para dialogar com quem passava pelo aeroporto. O deputado federal Celso Maldaner do PMDB embarcou para Brasília, mas antes precisou justificar aos trabalhadores o seu voto contra a classe trabalhadora. Além dos manifestantes, outras pessoas que passavam pelo local foram falar com o deputado e cobrar dele uma postura de defesa dos direitos. Para a Secretária de Políticas Sociais da CUT-SC, Elivane Sechi, atividades como essa são de extrema importância e recebem apoio da população. “O povo está a cada dia mais engajado com os movimentos para barrar essas reformas. Embora grande parte dos meios de comunicação não os informem, eles estão sabendo os riscos desses projetos para os trabalhadores. Os parlamentares que votarem a favor da retirada de direitos, terão muito problemas para conseguir a reeleição”.
 

 
 
 
 
 
 
 

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