"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Regional do SINTE de Palmitos terá Encontro de Aposentadas/os em 29/10

Em 29 de outubro, a Regional do SINTE de Palmitos terá Encontro de Aposentadas/os, no Pratas Thermas Hotel, em São Carlos. Conforme a Coordenadora Regional do SINTE de Palmitos, Miriam Herbert, todos/as os/as trabalhadores em educação estão convidados/as a participar da confraternização. Sócios/as do SINTE não pagam ingresso, enquanto aos demais será cobrada taxa de 75 reais. O transporte até o local do evento é por conta da cada participante. As bebidas serão por adesão.
O Encontro de Aposentadas/os da Regional do SINTE de Palmitos contará com a seguinte programação:
9 horas: Café receptivo;
10 horas: Hidro animada;
11 horas: Degustação de caipirinhas;
12 horas: Almoço;
14 horas: Gincana com recreadores;
15 horas: Brincadeiras nas piscinas;
17 horas: Lanche.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

CNTE convoca todos para as mobilizações nos dias 2 e 3 de outubro para barrar os cortes na educação

Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a conjuntura educacional vem se tornando caótica: o projeto "escola sem partido", a militarização das escolas, o ataque à liberdade de cátedra, a retirada de verbas das universidades e dos subsídios aos programas de pesquisa são atitudes autoritárias e fascistas de um (des)governo com a marca da destruição. "É por isso que todos devemos estar nas ruas, nas diversas mobilizações marcadas para o dias 2 e 3 de outubro, para barrar esses retrocessos", conclama o presidente da CNTE, Heleno Araújo.
A União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), estão convocando uma Greve Nacional da Educação dos estudantes, nos dias 2 e 3 de outubro. "Nós da CNTE estamos apoiando essa greve e orientamos nossas entidades filiadas a participarem ativamente não só dessas mobilizações de rua convocadas pelos estudantes, mas também das que vão ocorrer em Brasília e no Rio de Janeiro", ressalta o presidente da CNTE.
Na manhã do dia 2 de outubro, a CNTE convocou todas as entidades filiadas para uma reunião extraordinária para elaborar estratégias de resistência a essa conjuntura. "É imprescindível, nesse momento, tensionar o Ministério da Educação, pressionando para que as políticas de educação sejam mantidas, incluído o Novo FUNDEB", destacou Heleno Araújo.
Durante a tarde, a CNTE e o Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE), realizam, na Câmara dos Deputados, de 16h30 às 20h, o Ato em Defesa da Educação Pública e da Soberania Nacional. O ato vai ocorrer no auditório Nereu Ramos, e vai reivindicar: "educação pública, ciência e tecnologia e soberania do Brasil: não tirem o dinheiro da educação básica e das universidades públicas"; . "Essas atividades podem ser repercutidas nas assembleias legislativas de cada estado e nas Câmaras Municipais", registrou Heleno Araújo.
No dia 3 de outubro, acontece no Rio de Janeiro e nas capitais dos estados, o Ato Nacional em Defesa da Petrobras. Heleno Araújo reforçou: "Vamos fazer uma manifestação em defesa do petróleo brasileiro, em defesa do pré-sal com recursos destinados para a educação e saúde". "São dois dias de grandes mobilizações em todo Brasil e é importante que nossas entidades se somem a essas manifestações", ressalta Heleno Araújo, lembrando que a CNTE não abre mão das mobilizações de rua que serão o fiel da balança em um país com instituições tão combalidas e capturadas por interesses alheios àqueles das grandes maiorias.

sábado, 21 de setembro de 2019

Curso de Formação na Regional do SINTE de Palmitos

Neste sábado (21/09), foi realizada mais uma etapa do Programa de Formação de Profissionais da Educação Básica de Santa Catarina e Desafios Contemporâneos SINTE/CNTE/UFFS 2019, na Regional do SINTE de Palmitos. Hoje, a ministrante foi a professora universitária Lucineide Orsolin. Ela abordou o tema “Ambiente e Saúde do Trabalhador Docente na Contemporaneidade”.
O Programa de Formação de Profissionais da Educação Básica de Santa Catarina e Desafios Contemporâneos SINTE/CNTE/UFFS 2019 foi criado com os seguintes objetivos:
* Despertar as lideranças para a necessidade de serem estabelecidos processos permanentes de formação político-sindical e educacional, junto aos trabalhadores e trabalhadoras em educação;
* Disponibilizar o acesso à formação, através de encontros, debates, cursos, apostilas, etc, com vistas a proporcionar a construção de conhecimentos indispensáveis à emancipação dos educadores;
* Preparar nossas lideranças para um Sindicato cada vez mais organizado e de luta, além de fortalecer a atuação educacional.
 

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Lideranças da Regional de Palmitos participam da Assembleia Estadual do SINTE/SC

Lideranças da Coordenação Regional do SINTE de Palmitos, hoje (19/09), participam da Assembleia Estadual do SINTE/SC, em Florianópolis. Pela manhã, foi realizada Reunião do Conselho Deliberativo do SINTE/SC, com a participação de lideranças da Executiva Estadual e de todas as Regionais.
A Assembleia Estadual Ordinária, que acontece, agora à tarde, na Praça Tancredo Neves, centro da Capital, tem a seguinte pauta:
1 – Informes;
2 – Análise de Conjuntura;
3 – Campanha Salarial;
4 – Encaminhamentos;
5 – Outros.
Às 17 horas, os/as participantes da Assembleia Estadual do SINTE/SC estarão na “Marcha Paulo Freire, em Defesa da Educação Pública e Gratuita”, junto ao Largo da Catedral, também em Florianópolis.

Sempre é tempo de conhecer (mais) Paulo Freire, Patrono da Educação Brasileira:

CNTE: Viva Paulo Freire! 98 anos de inspiração e resistência

Em 19 de setembro, comemoramos o aniversário de Paulo Freire, que em 2019 faria 98 anos. Nesta data, a CNTE presta uma homenagem a este educador, filósofo e Patrono da Educação Brasileira. Freire se tornou referência na educação nacional e mundial por sua metodologia, seu conhecimento, sua coerência, sua ética e pela maneira amorosa com que educava e se educava em diálogo com as pessoas e com a natureza, sempre na busca de um mundo mais justo.
Homenagear Paulo Freire é dar continuidade ao seu legado, reinventando-o, buscando seus ideais de emancipação, cidadania e justiça social. No Brasil, a educação pública está sofrendo ataques neoliberais do governo federal, que quer passar os recursos públicos para mãos privadas, virando de costas para a grande maioria da população. Essa política se reproduz em tantas outras áreas desse (des)governo: na atual Reforma da Previdência do governo, em tramitação no Senado Federal, o interesse também é acabar com o sistema público de seguridade social, entregando a nossa atual previdência pública para as mãos dos bancos, ávidos sempre por lucros cada vez maiores. E esse dinheiro que querem direcionar para as mãos dos bancos sairá de direitos como o abono salarial e nossa aposentadoria.
As políticas de emprego e renda também saíram do receituário do atual governo, que não tem o menor pudor em reconhecer os mais de 13 milhões de desempregados brasileiros/as, contingente de nossa população que não para de crescer. Faz parte da concepção política de um governo neoliberal retirar o Estado da agenda de geração de empregos, remetendo a responsabilidade do desemprego de cada trabalhador a sua própria condição e capacidade, e concedendo ao mercado a prerrogativa única nessa tarefa.
Por tudo isso, neste dia 19, a CNTE incorpora ao seu calendário a luta continental da Jornada Latino Americana de luta em defesa da educação pública, gratuita, laica e emancipadora, contra a mercantilização e privatização: rumo ao centenário de nascimento de Paulo Freire. Esse é um dia de luta e mobilização em toda a região, indicado pela Internacional da Educação para América Latina – IEAL para uma mobilização continental em defesa da educação pública e da memória de Paulo Freire, nosso patrono nacional da educação, tão atacado nos dias de hoje no país. No centenário do nascimento de Paulo Freire, em 2021, a América Latina se reunirá no Brasil para recordar e manter vivo o legado do professor Freire. 

Biografia 
Paulo Freire (1921-1997) nasceu em Recife (PE). Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando sua formação para o magistério. Em 1963, em Angicos (RN), chefiou um programa que alfabetizou 300 pessoas em um mês. Desejava, como diretor do Programa Nacional de Alfabetização do governo João Goulart, alfabetizar em quatro anos dezesseis milhões de adultos, sonho interrompido pela eclosão do golpe civil-militar de 1964. Freire passou 70 dias na prisão antes de se exilar. Em 1968, no Chile, escreveu seu livro mais conhecido, Pedagogia do Oprimido. Com a anistia, em 1979, voltou ao Brasil, integrando-se à vida universitária. Filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e, entre 1989 e 1991, foi secretário municipal de Educação de São Paulo. Freire foi casado duas vezes e teve cinco filhos. Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. É o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais: é o terceiro pensador mais citado do mundo em universidades da área de humanas. O levantamento foi feito através do Google Scholar – ferramenta de pesquisa para literatura acadêmica – por Elliot Green, professor associado da London School of Economics. Segundo ela, Freire é citado 72.359 vezes, atrás somente do filósofo americano Thomas Kuhn (81.311) e do sociólogo, também americano, Everett Rogers (72.780).

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Coordenador Estadual do SINTE/SC, Luiz Carlos Vieira, fala sobre a Assembleia Estadual Paulo Freire, que acontece nesta 5ª feira (19/09):

CNTE: Rosilene Corrêa participa de debate em homenagem ao Paulo Freire

Nesta quarta-feira (18), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, em parceria com a Frente Parlamentar em Defesa da Escola Pública e em Respeito ao Profissional da Educação, promoveu o debate: "Paulo Freire: contribuição social, política e pedagógica". A palestra teve o objetivo de homenagear o Patrono da Educação Nacional, educador e filósofo pernambucano Paulo Freire, oportunidade em que os participantes enalteceram seu pensamento e suas contribuições à educação e à sociedade, levando em consideração a data de seu aniversário (dia 19 de setembro).
A secretária de finanças da CNTE, Rosilene Corrêa, participou do debate, que contou com a presença de Dimas Brasileiro Veras, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Erasto Fortes, doutor em Educação pela Unicamp e das deputadas Luiza Erundina (PSOL-SP) e da Professora Rosa Neide (PT/MT).
"Nesse momento em que vivemos no Brasil, especialmente em educação, falar de Paulo Freire nos revigora. É a prova de que o brasileiro e a brasileira têm a obrigação da resistência, em fazer valer o que nós aprendemos com Paulo Freire que está tão vivo entre nós", destacou Rosilene Corrêa. Em sua saudação de abertura, Rosilene também mencionou a política do Ministério da Educação (MEC) que quer impor a militarização das escolas em todo país: "A resistência passa pelo combate a essa tentativa do MEC de colocar polícia dentro da escola. Como se bandidos estivessem dentro das escolas e na verdade nós, alunos e alunas, somos vítimas dessa violência e do descaso do Estado brasileiro", ressaltou.
Paulo Freire foi secretário da educação do município de São Paulo, no fim da década de 1980, período em que a deputada Luiza Erundina foi prefeita dessa cidade. Ela fez um breve relato de como conheceu o patrono da educação brasileira: "Só conheci Paulo Freire pessoalmente depois que ele voltou do exílio". Ela conta que já conhecia seu método de alfabetizção dialógico, seu trabalho de emancipação dos trabalhadores do campo de Pernambuco e diz que se surpreendeu com o discurso dele para os alunos que se formavam em Serviço Social: "A gente esperava um discurso ressentido, afinal 16 anos de exílio não é pouca coisa, a gente esperava um discurso inflamado e revoltado... Mas ele fez um discurso amoroso. Ele não falou do sofrimento, falou da alegria de estar voltando pra sua terra, pra Pernambuco, foi uma manifestação de afeto, de alegria, de quanto ele estava feliz com a oportunidade de trabalhar de novo com seu povo. Aquilo já me emocionou profundamente. Foi um encontro definitivo", registrou a deputada. 
Durante o debate, Erasto Fortes apresentou o livro "Direitos humanos e educação libertadora - gestão democrática da educação pública na cidade de São Paulo", que organizou com a Ana Maria Araújo Freire (Editora Paz e terra). A coletânea reúne escritos e falas de Paulo Freire no período à frente da Secretaria de Educação da cidade de São Paulo na gestão de Luiza Erundina e traz um encarte com imagens marcantes, reprodução de documentos e a transcrição de conferências. Alguns exemplares foram sorteados entre os participantes do evento.

Patrono da Educação Brasileira
A LEI Nº 12.612, DE 13 DE ABRIL DE 2012, declarou o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira. A iniciativa do Projeto de Lei nº 5418/2005, que originou a lei, foi da Deputada Luiza Erundina, relatada na Comissão de Educação pelo Deputado Carlos Abicalil. Paulo Freire é um dos brasileiros mais célebres e um dos filósofos do século XX mais lidos do mundo, segundo levantamento do Massachusetts Institute of Technology. Escreveu dezenas de livros, entre eles, Pedagogia do oprimido, a terceira obra de ciências sociais e humanas mais citada no mundo, de acordo com a London School of Economics.
Freire dedicou sua vida à educação dos excluídos, uma educação eminentemente libertadora que busca a transformação da sociedade. O Sistema Paulo Freire, a crítica a uma educação bancária, a defesa de uma educação libertadora, a educação popular e a ação docente como prática de liberdade são legados fundamentais que o povo brasileiro precisa conhecer e reconhecer.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

CNTE repudia a privatização de escolas públicas e a terceirização de seus profissionais

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, entidade representativa de mais de 4,5 milhões de trabalhadores/as das escolas públicas de nível básico no país, expressa veemente repúdio ao Projeto de publicização dos serviços de suporte administrativo e operacional no âmbito das Unidades Escolares Estaduais da Bahia, que caracteriza a privatização de parte expressiva das atividades escolares e a terceirização de funções exercidas por professores e funcionários administrativos da educação.
O Projeto baiano, que se assemelha a outros em andamento em algumas unidades da federação, ganhou status de legalidade em 2015, quando o Supremo Tribunal Federal julgou em definitivo a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) nº 1.923, de autoria do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), contra a Lei 9.637, de 15 de maio de 1998, aprovada em meio às políticas neoliberais do então governo Fernando Henrique Cardoso. Um dos alvos da ADI foi o art. 1º da referida norma, in verbis:
Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei. (g.n)
Não obstante o STF ter declarado a constitucionalidade da Lei das Organizações Sociais (OSs), o debate político sobre as formas de organização do Estado continua orientando as disputas de projetos de Nação em nosso país, sendo que os setores progressistas da sociedade – onde o PT e o PDT historicamente se encontram –, defendem a implementação de um Estado promotor do desenvolvimento sustentável, democrático e de rompimento com práticas patrimonialistas; onde a educação e o social sejam indutores do crescimento; um Estado permeável às demandas dos movimentos social e sindical, do povo em geral, e que estabeleça espaços institucionais de negociação com a sociedade civil, apostando no seu fortalecimento e na busca pactuada de uma nova hegemonia e de um novo modelo soberano apartado dos interesses meramente privados.
A ADI 1.923, que não encontrou eco no STF para julgamento antes de 2015, defendia que a Lei 9.637 se tratava de um “processo de privatização dos aparatos públicos por meio da transferência para setores não estatais dos serviços nas áreas de ensino, saúde e pesquisa, dentre outros, transformando-se as atuais fundações/órgãos públicos em organizações sociais”. Também ressaltava que tais organizações poderiam, através de ato do chefe do Poder Executivo e de um contrato de gestão, absorver atividades que antes eram de instituições integrantes da administração, além de gerir e aplicar recursos a ela destinados na lei orçamentária “sem, todavia, submeter-se às limitações estabelecidas para as entidades administrativas estatais”.
Os dois partidos autores da ação sustentavam que a norma, de forma evidente, tentava afastar a prestação de serviços do núcleo central do Estado. “Tudo mediante um modelo mal-acabado de transferência de responsabilidades públicas a entes privados. Entes que, por não prescindirem da atuação subsidiária do poder público, terminam por se transmutarem pessoas funcionalmente estatais, porém despidas da roupagem que é própria do regime de direito público”.
Observa-se, portanto, na mencionada disputa jurídica travada pelo partido político do atual governador da Bahia, uma defesa intransigente de modelo de Estado provedor do desenvolvimento inclusivo e democrático, à luz dos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Sobre os aspectos específicos do Projeto de Privatização e Terceirização das escolas públicas baianas, o Governo parte do princípio de que os agentes públicos e suas instituições não possuem competência suficiente para administrar e gerir as escolas públicas. Com isso, abre mão de investir na formação dos profissionais e em canais de diálogo entre educadores, gestores e sociedade, com vistas a fortalecer os conselhos escolares e os órgãos de controle social das verbas públicas.
A gestão democrática da educação, princípio consagrado no art. 206, VI da Constituição Federal e em várias legislações de âmbito nacional, estadual, distrital e municipal, é tolhida para dar lugar a agentes de direito privado, supostamente mais eficientes.
Contudo, a verdadeira intenção do projeto se mostra evidente tanto na minuta de publicização dos “serviços educacionais” quanto na nota pública da Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Ambos os documentos priorizam a contratação de pessoal e de serviços administrativos e operacionais sem a necessidade de concurso e licitação. Pior: admite a terceirização integral do quadro de pessoal administrativo e abre espaço para a contratação de professores mediante contratos intermitentes, entre outros previstos na CLT, sem direito ao piso da categoria e às progressões no plano de carreira.
Além de retirar direitos e de rebaixar as condições de trabalho dos/as educadores/as das escolas públicas estaduais, o Governo da Bahia aponta para um cenário de ruptura com princípios da valorização do trabalho escolar e da qualidade da educação, pois parte dos profissionais será terceirizada (funcionários/as da educação) e nada garante que haverá renovação periódica do quadro docente através de concurso público. Se hoje a minuta das OSs aponta para a terceirização “temporária” de professores/as, mais à frente poderá ser utilizada como regra geral para a contratação de pessoal na rede de ensino.
Outro agravante: a substituição de concurso público por contratos celetistas, com regras frágeis para admissão, exporá novamente as escolas a interesses de grupos políticos, econômicos e ideológicos, fomentando a perseguição a educadores e ofendendo os princípios da moralidade e da impessoalidade.
Em relação à contratação de insumos, o discurso da desburocratização não encontra guarida na crescente autonomia financeira e administrativa das escolas para gerir suas demandas. Portanto, reiteramos que mais vale investir nos profissionais da educação e nos canais de diálogo com a sociedade, a fim de resolver as questões da educação, do que remeter a grupos privados o interesse público escolar.
Por fim, destacamos a imperiosa necessidade de o país avançar na regulamentação do Sistema Nacional de Educação, do Custo Aluno Qualidade e nas políticas de Valorização dos Profissionais da Educação (Piso, Carreira, Jornada, Formação e ingresso por Concurso Público), como forma de contrapor os interesses economicistas das administrações públicas e a ganância de agentes privados travestidos de OSs, bem como daqueles que defendem a instituição de vouchers e outras formas de privatização da educação pública.
A CNTE se manterá atenta e contrária a essa e outras propostas de gestores públicos que contrariam os princípios da educação emancipadora, libertária, democrática, gratuita, universal, plural, laica, desmilitarizada e de qualidade social para todos e todas.

Brasília, 16 de setembro de 2019
Diretoria da CNTE

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Centrais sindicais de Santa Catarina lançam manifesto com calendário de lutas

Seis centrais sindicais do estado lançaram nesta segunda-feira (16) um manifesto com as principais pautas de defesa e com um calendário de lutas que inicia hoje e vai até dia 24 de setembro

Nesta segunda-feira (16), a CUT-SC, junto com outras cinco centrais sindicais de Santa Catarina -CTB, CSB, CSP Conlutas, Intersindical e UGT - lançaram um manifesto com as principais pautas em defesa da classe trabalhadora. Além disso, as centrais também divulgaram um calendário de lutas, que inicia hoje e vai até o dia 24 de setembro.
No manifesto, as centrais falam sobre os constantes ataques que o governo Bolsonaro está promovendo contra a Educação, Saúde, Soberania Nacional e Previdência. 

Leia o manifesto completo: 

MANIFESTO DA CENTRAIS SINDICAIS DE SANTA CATARINA
O Brasil vive um período de trevas. Com o governo de extrema direita de Jair Bolsonaro os direitos trabalhistas, a democracia, a soberania nacional, o meio ambiente, os empregos, a educação, a saúde e o serviço público estão sendo constantemente atacados. Mais do que nunca é essencial construirmos a unidade da classe trabalhadora e de todas as frentes progressistas e democráticas rumo a uma paralisação nacional para barrarmos a tentativa de destruição do nosso país!
Nossa soberania nunca esteve tão ameaçada por um governo que se curva ao imperialismo dos Estados Unidos e está a serviço dos interesses de ruralistas, banqueiros e grandes empresários. Bolsonaro, Mourão e todos seus aliados anunciam a privatização de todas nossas estatais como sendo a solução para a economia do país. Os Correios são o primeiro alvo do governo e em resposta a isso os trabalhadores em todo país entraram em greve no dia 11 de setembro.   
O projeto deste governo é destruir todas as políticas públicas acabando com os investimentos obrigatórios nas áreas essenciais que sempre garantiram a sobrevivência e qualidade de vida do povo que mais precisa.
Os cortes orçamentários na Educação Pública colocam em risco a sobrevivência de diversas instituições de ensino e motivaram grandes mobilizações no último período, protagonizadas pelos trabalhadores da Educação e estudantes. Na última semana, os estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciaram uma greve por tempo indeterminado que necessita do apoio de todas as categorias para continuar forte e ser vitoriosa.
O governo Bolsonaro também está acabando com o direito universal de acesso à saúde e ameaçando a vida de milhões de brasileiros, por meio desmonte do SUS e da atenção básica.
A seguridade social, pilar essencial para garantir a efetividade da dignidade da pessoa humana, será destruída se a Reforma da Previdência, prestes a ser votada no Senado Federal, for aprovada.
O dia 20 de setembro está sendo convocado internacionalmente com um dia de Greve Global pelo Clima. No Brasil, a mobilização ganhou força, principalmente diante do descaso do governo Bolsonaro com a destruição da Floresta Amazônica e o estímulo ao desmatamento em prol dos interesses de ruralistas, do agronegócio, madeireiros ilegais e garimpeiros.
Nós, representantes das centrais sindicais de Santa Catarina, construímos um calendário de lutas e convocamos todos os trabalhadores e trabalhadoras para se unirem às mobilizações contra a destruição do Brasil – em defesa do Meio Ambiente, da Soberania Nacional, Direitos, Educação, Empregos e Contra a Reforma da Previdência.

Calendário de Lutas:
16/09 (segunda-feira) – Audiência pública sobre a UFSC, no Auditório Deputada Antonieta de Barros, na ALESC, às 14h, com lançamento do comitê externo de apoio à universidade.
19/09 (quinta-feira) – Assembleia Estadual do SINTE-SC, às 14h, na Praça Tancredo Neves, e paralisação dos trabalhadores e trabalhadoras do SINDSAÚDE. Ato unificado no fim da tarde em defesa da Educação Pública.
20/09 (sexta-feira) –Dia Nacional de Luta em defesa da Amazônia, dos  direitos, da previdência, da educação, da soberania e contra as privatizações. Ato unificado em Florianópolis, às 17h, no largo da Catedral
24/09 (terça-feira) – Mobilização em Brasília contra a Reforma da Previdência

CSB SC
CSP Conlutas
CTB
CUT-SC
Intersindical
UGT

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Trabalhadoras e trabalhadores em educação participam da Assembleia Regional do SINTE de Palmitos

No final da tarde de ontem (12/09), foi realizada a Assembleia Regional do SINTE de Palmitos, na sede da Regional. O evento contou com assessoria da Secretária de Assuntos Educacionais e Culturais Cassia Regina da Costa, e do Secretário de Finanças do SINTE/SC, Diego de Souza Manoel, durante o Seminário do Novo Ensino Médio e Flexibilização do Currículo. Trabalhadoras e trabalhadores em educação participaram ativamente do debate em torno da pauta da Assembleia, que tratou, ainda, sobre encaminhamentos com o governo, realização da Assembleia Estadual do SINTE/SC (19/09) e informes gerais.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Acontece hoje a Assembleia Regional do SINTE de Palmitos

Às 18h30 de hoje, dia 12, acontece a Assembleia Regional do SINTE de Palmitos, na sede da Regional, na Rua Independência, nº 373, Edifício Ipanema, Sala B, centro de Palmitos. A Assembleia Regional do SINTE de Palmitos tratará sobre seguinte pauta:
 * Seminário do Novo Ensino Médio e flexibilização do currículo.
 * Encaminhamentos com o governo.
 * Assembleia Estadual do SINTE/SC (19/09).
 * Informes gerais.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Caravana Paulo Freire vai às escolas da Regional do SINTE de Palmitos

Durante todo o dia de hoje (11/09), a Caravana Paulo Freire, composta por lideranças da executiva estadual do SINTE/SC, vai às escolas da Regional do SINTE de Palmitos. A Coordenadora Regional, Miriam Herbert, participa das atividades.
De acordo com Miriam, o objetivo da ida às escolas é dialogar com os professores, além de reforçar a convocação à Assembleia Regional do SINTE de Palmitos, que acontece amanhã (12/09), às 18h30, na sede da Regional, e à Assembleia Estadual do SINTE/SC, no próximo dia 19.
 
 

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

SINTE de Palmitos tem Assembleia Regional na próxima 5ª feira

Na próxima quinta-feira (12/09), será realizada Assembleia Regional do SINTE de Palmitos. O evento acontecerá às 18h30, na sede da Regional, na Rua Independência, nº 373, Edifício Ipanema, Sala B, centro de Palmitos.
A Coordenadora Regional, Miriam Monica Herbert, informa que a Assembleia Regional do SINTE de Palmitos contará com a seguinte pauta:
* Seminário do Novo Ensino Médio e flexibilização do currículo.
* Encaminhamentos com o governo.
* Assembleia Estadual do SINTE/SC, que será realizada no próximo dia 19.
* Informes gerais.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

CNTE: Moção de repúdio à censura e ao obscurantismo impostos aos currículos da educação pública brasileira

O atual momento vivido no país ganha ares de um obscurantismo político e moral que dá permissão aos maiores absurdos vindos dos nossos representantes políticos. De um lado, temos um Presidente da República carcomido por suas próprias palavras, sempre indigentes, agressivas e desrespeitosas com todos que o interpelem. Do alto do orgulho de sua própria ignorância, o Presidente Bolsonaro envergonha a todos/as nós dentro e fora do país e, desde o início de seu governo, pouco mais de 8 meses transcorridos de seu mandato, sempre deixou claro a sua luta incessante e obsessiva contra a educação de seu país: ataca sem pudores, sempre que pode, o sistema público, as universidades, as escolas, a ciência, os/as educadores/as, os/as cientistas e os/as estudantes.
No último dia 03 de setembro, mais uma vez, suas palavras grosseiras se voltaram contra a educação brasileira: notícia veiculada nos grandes meios de comunicação do país dá conta de que ele ordenou ao Ministério da Educação a elaboração de um projeto de lei contra a “ideologia de gênero” no ensino fundamental. Trata-se, mais uma vez, de nova tentativa de empurrar à sociedade brasileira o pacote de medidas defendidas pelo “Movimento Escola sem Partido”, que qualificamos como movimento da “Lei da Mordaça”, que dissemina por todo o país a apresentação de proposições legislativas nas Assembleias estaduais e Câmaras municipais, e também no Congresso Nacional, para impor a censura nas escolas brasileiras. O que eles pretendem é definir o que pode e o que não pode ser dito pelo/a professor/a dentro de sala de aula, atacando a sua autoridade e desrespeitando a sua formação acadêmica que o qualifica para lecionar de forma livre.
O governador de São Paulo João Dória, aquele que apoiou nas últimas eleições de forma veemente o então candidato Bolsonaro e que hoje quer a todo custo manter distância de um presidente atolado nos seus péssimos índices de aprovação, se manifestou da mesma forma e na mesma direção do presidente que ajudou a eleger: ordenou pelo Twitter o recolhimento de um material didático da rede de ensino estadual que, segundo ele, estaria fazendo apologia à “ideologia de gênero”. Jair Bolsonaro e João Dória são iguais e representam o mesmo projeto e agenda de atraso e retrocessos ao país. Esse movimento que está nos levando ao obscurantismo, que insiste em travar uma verdadeira guerra contra o conhecimento científico e contra a própria educação, não se restringe a esses dois representantes políticos brasileiros: em Fortaleza também foi constatado que vídeos de autoria de um deputado estadual e de uma candidata derrotada à Câmara Federal, ambos do PSL (o partido do Presidente), estão a insinuar que materiais didáticos da rede municipal da capital cearense estariam incentivando a pedofilia (!!!). Essas pessoas não têm o limite do ridículo e querem, de toda forma, impor censura na educação brasileira e nos levar aos tempos da Idade Média, disseminando de forma deliberada mentiras e mais mentiras!
Os/as educadores/as de todo o país estão atentos a esse movimento concatenado dos setores mais reacionários de nossa sociedade. Não permitiremos retrocessos! Não toleraremos o obscurantismo que querem nos impor! Não admitiremos o desrespeito à nossa profissão e à nossa autonomia no processo de ensino! Sabemos que eles usam técnicas que, igual ao que foi verificado nos tempos recentes das últimas eleições, lançam mão de mentiras para propagar suas ideias e enganar a sociedade. Estamos sempre dispostos e prontos para travar o debate necessário contra esses ataques à educação e ao conhecimento de nosso povo!

Brasília, 05 de setembro de 2019
Direção Executiva da CNTE

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Assembleia Regional do SINTE de Palmitos será no próximo dia 12

A Coordenação Regional do SINTE de Palmitos está mobilizando a categoria para realização da Assembleia Regional, no próximo dia 12 (5ª feira). O importante evento acontecerá às 18h30, na Sede da Regional (Rua Independência, nº 373, Edifício Ipanema, Sala B, centro de Palmitos).
Conforme a Coordenadora Regional, Miriam Monica Herbert, a Assembleia Regional do SINTE de Palmitos terá a seguinte pauta:
 * Seminário do Novo Ensino Médio e flexibilização do currículo.
 * Encaminhamentos com o governo.
 * Assembleia Estadual.
 * Informes gerais.