"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Em defesa da previdência movimentos ocupam agências do INSS em Santa Catarina

Em Florianópolis e Lages, o movimento dos trabalhadores do campo e da cidade manifestou-se em defesa da previdência pública, que está ameaçada com a reforma proposta por Temer.

(Texto: Sílvia Medeiros/CUT-SC)

Manhã do dia 17 de agosto, a agência do INSS da superintendência regional do sul do país, que fica localizada em Florianópolis, e a agência regional do INSS de Lages foram ocupadas por trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade que reivindicaram a manutenção dos direitos e a defesa de uma previdência pública.
Em Florianópolis, a ocupação que durou toda a manhã e levou para a porta da superintendência e para dentro da agência, os trabalhadores e trabalhadoras que estão acampados em terras ocupadas pelo MST. Pessoas que sempre trabalharam na roça ou que tinham subempregos nas grandes cidades e que hoje disputam um pedaço de terra com milionários a fim de garantir o seu próprio cultivo. Como o caso de Manoel, um dos integrantes do Movimento dos Sem-Terra – MST, que trabalha na roça desde os 11 anos e entrou no movimento dos sem terra para buscar um pedaço de terra para sua família plantar.
Junto a eles, dirigentes dos sindicatos da região da Grande Florianópolis e a CUT, mostrando a unidade do campo e da cidade em defesa dos direitos.  “A luta por uma previdência pública é uma luta conjunta da sociedade. Todos serão afetados, sejam os trabalhadores no serviço público, privado, bem como os agricultores e agricultoras”, explica Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC.
Após a ocupação os manifestantes seguiram em caminhada pelas ruas do centro de Florianópolis. Empunhando bandeiras, com gritos de guerra, trajados com camisetas e bandeiras do MST, por onde a passeata passava causava impacto das pessoas que circulavam pelo Centro de Florianópolis. Ora por conhecer os rostos dos integrantes do MST, tão criminalizado por setores da sociedade, ora por ver o grande aparato policial que acompanhava a caminhada pacífica de trabalhadores do campo e da cidade.
Em Lages, região serrana do Estado, também não foi diferente. O ato começou com uma caminhada que percorreu pontos estratégicos do centro da cidade e se encerrou em frente a agência do INSS. O impacto da marcha na serra catarinense ficou por conta de um caixão que foi carregado pelos manifestantes e que representou a “morte da previdência”.
As ocupações que foram organizadas pela Frente Brasil Popular, tirou como pauta a defesa da previdência pública, como defesa de um direito que está ameaçado com a reforma da previdência e que pode voltar para apreciação na Câmara dos Deputados na primeira quinzena de outubro. “Estamos organizados para barrar essa reforma da previdência, o que Michel Temer quer com essas reformas, assim como fez com a reforma trabalhista é retirar direitos dos trabalhadores brasileiros e fazer com que o povo trabalhe até morrer, isso nós não vamos permitir”, frisou Daniel Ferreira, liderança da Frente Brasil Popular da Região Serrana.
O ato em Lages se encerrou com a queima do caixão e das fotos dos políticos catarinenses que votaram a favor da reforma trabalhista e que estão dando declarações de apoio a retirada de direitos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário