"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Em diálogo com Levante, CUT discute estratégias de formação para a juventude

Organizações apontaram para trabalho conjunto de ampliação de diálogo

(Texto e foto: Luiz Carvalho/CUT)

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a política de ataques a direitos comandada pelo ilegítimo Michel Temer (PMDB) tende a prejudicar principalmente os jovens, que enfrentam maior dificuldade de conseguir emprego e estão mais sujeitos à demissão.
Um estudo divulgado em setembro pelo IPEA aponta que medidas como a Proposta de Emenda Constitucional 55 (PEC 55), que limita por 20 anos os investimentos do governo em serviços básicos como educação pública, tendem a aprofundar esse cenário ao jogar para baixo a qualidade de formação da classe trabalhadora.
A atual conjuntura já aponta para um crescimento preocupante: o índice de jovens que foram dispensados e migraram para o desemprego subiu de 5,2% para 7,2% em cinco anos. Além disso, dos 13,5 milhões de desempregados no Brasil no primeiro trimestre deste ano, 65% tinham menos de 40 anos.
De olho nessa situação e na degradação que a Reforma Trabalhista tende a impor para as novas gerações, a CUT se reuniu com o Levante Popular da Juventude para discutir saídas para formação de jovens trabalhadores.
Para o presidente nacional da Central, Vagner Freitas, é necessário trabalhar uma visão classista junto às novas gerações para que elas sejam capazes de ampliar a frente em defesa da democracia.  
“O estudante precisa de uma formação para se tornar um trabalhador que, além de exercer sua atividade, também entenda a importância de lutar por seus direitos desde cedo, especialmente em época de ataque à carteira de trabalho”, apontou o dirigente.
No ano em que a organização da juventude na CUT completa 20 anos, Vagner apontou, por exemplo, a necessidade de discutir caminhos que abram e aprofundem o diálogo com a juventude da periferia como uma maneira de resistir às várias formas de golpe.
“Estamos vivendo um momento em que podemos dar uma no golpe da direita. Temos uma condições de criar uma alternativa de direita para voltar à normalidade democrática e avançar tanto em políticas para a juventude como para a classe trabalhadora.

Batalha comum
Diretora do Levante e vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) Jessy Dayane destacou a influência da CUT na organização da entidade e ressaltou que a luta sindical casa diretamente com a estudantil na defesa de um país mais justo e igualitário.
“Nossa luta é para que a juventude não esteja presa só nas questões corporativas. Temos de lutar por escola, mas também para que esteja presente nas greves e na luta da classe operária. Até porque, a luta contra Reforma Trabalhista e em defesa da Previdência é uma bandeira intimamente relacionada com o futuro da juventude”, afirmou.

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