"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Dirigentes debatem sobre os desafios do movimento sindical com a reforma trabalhista

O evento, promovido pelo DIEESE, reuniu dirigentes de diversas centrais sindicais.

(Texto: Pricila Baade/CUT-SC)

Esta sexta-feira (27) foi dia dos dirigentes de várias centrais sindicais se reunirem para falar da contrarreforma trabalhista do Governo Temer, que entra em vigor no dia 11 de novembro. O ponto principal do debate foram os desafios que o movimento sindical terá que enfrentar para se adaptar às novas regras.
O evento foi organizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (DIEESE) e contou com a participação do diretor técnico do Departamento, Clemente Ganz Lúcio. Ele abordou o contexto em que a reforma foi aprovada, os aspectos das novas normas que afetam a vida dos sindicatos e do trabalhador e deu sugestões de enfrentamento.
Clemente explicou que a reforma foi articulada a um conjunto de mudanças trabalhistas que aconteceram em mais de dez países, que buscam alterar as leis para facilitar a vida dos empresários. As novas normas foram sustentadas em cima de diretrizes que trazem instrumentos que flexibilizam os contratos e a jornada de trabalho, dando a liberdade para as empresas contratarem da forma que quiserem e pelo tempo que acharem melhor; além disso, a reforma traz um ajuste do custo de trabalho, com a possibilidade de promover assembleias para reduzir o direito do trabalhador.
Outra diretriz da reforma é construir mecanismos que impedem a formação de passivos trabalhistas, diminuindo os custos da empresa em uma demissão. “Além de tirar o poder do movimento sindical, a reforma também enfraquece a justiça do trabalho. Agora você só poderá entrar com uma ação trabalhista se pagar pelos custos e tiver provas”, ressalta o diretor técnico. 
Para Clemente, a opção para os movimentos sindicais enfrentarem a reforma é se unindo e se reorganizando de uma forma ideal para a reforma. “É preciso fazer o trabalhador criar uma identidade única para que ele se enxergue dentro das categorias dos sindicatos”.
O encontro, que aconteceu no auditório da Fecesc, contou com a participação de representantes de várias centrais sindicais, que trouxeram os seus pontos de vista sobre a reforma. O Secretário de Administração e Finanças da CUT-SC, Neudi Giachinni, também estava presente e falou sobre o desafio que o movimento sindical irá enfrentar “O fato é que nós sofremos um acidente no percurso da nossa luta, mas não podemos desistir. Nunca foi fácil para os trabalhadores e nunca vai ser. O desafio será ainda maior daqui para frente, mas teremos que nos reinventar para continuar defendendo o direito dos trabalhadores”.

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