"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quarta-feira, 21 de junho de 2017

Entidades se comprometem a enfrentar a privatização e a mercantilização da educação pública brasileira

Para encerrar o Seminário Nacional “Privatização e Mercantilização da Educação no Brasil”, realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), nesta terça e quarta-feira (20 e 21), foi promovido trabalho em grupos. A proposta teve como base o planejamento apresentado em encontro da Costa Rica para refletir quais são os componentes, além dos já previstos, necessários para responder ao fenômeno da privatização da educação no Brasil.
Para Sueli Veiga, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), combater a privatização da educação é mais uma tarefa da entidade, mas que, especialmente neste momento, talvez seja uma das principais bandeiras a assumir. “Quando a gente vem a um seminário, onde nós temos uma avaliação do que acontece na América Latina, no mundo e no Brasil, na educação básica e superior, isso assusta um pouco”, revelou.
Segundo Sueli, é necessário um grande debate para reafirmar as bandeiras históricas de defesa de uma educação pública de qualidade para todos em todos os níveis de todas as idades e em todos os lugares. “A gente sai daqui com um desafio e propondo encaminhamentos para que se façam debates nos estados e municípios com as redes públicas e com a rede privada no sentido de enfrentar e se contrapor a essa privatização e a essa proposta de mercantilização da educação, que é tirar a educação da concepção do contexto do direito público para o contexto das políticas de mercado dos serviços”, concluiu.
Ao fim, o seminário trouxe tarefas importantes para as 50 entidades filiadas à CNTE e indicou a necessidade de formar grupos de trabalho em cada sindicato para aprofundar o assunto e fazer uma investigação em parceria com as universidades para se chegar a um diagnóstico mais concreto da situação da mercantilização da educação no Brasil. Segundo o presidente da Confederação, Heleno Araújo, tendo esse conhecimento, será feita uma ampla divulgação, com a criação de observatórios e a articulação com outras categorias de profissionais. “O seminário foi concluído, mas é apenas uma etapa dessa também grande tarefa que nós temos para o futuro”, resumiu.
Para o secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Gilmar Soares Ferreira, o seminário foi um momento importante para aprofundar o conhecimento sobre o fenômeno da privatização e da mercantilização. “Esse processo agora passa a ser um objeto prioritário de investigação até mesmo para que possamos fazer o enfrentamento. Então, as medidas que esse seminário apontou são necessárias e urgentes para que a gente possa combater a privatização da educação e, ao mesmo tempo, cobrar dos governantes e políticos o compromisso com a educação pública de qualidade, laica e socialmente referenciada”, concluiu Gilmar.

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