Em maio deste ano, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da Portaria nº 1.016/2016, convocou a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (CNSMu), prevista para ocorrer no segundo semestre de 2017. Com o tema central “Saúde das mulheres: Desafios para a integralidade com equidade”, a Conferência terá como objetivo propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.
O eixo principal da Conferência será implementar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, contemplando a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres e as políticas de equidade da população negra (racismo, desigualdades étnico-raciais e racismo institucional), da população LGBT (discriminação por orientação sexual e identidade de gênero/preconceito e estigma social), da população em situação de rua (reconhecimento dessas pessoas como cidadãos de direitos), da população do campo, da floresta e das águas (redução de riscos decorrentes dos processos de trabalho e das tecnologias agrícolas).
"É importante que as trabalhadoras em educação participem da Conferência. Com mais de 80% da categoria formada por mulheres, que desenvolvem ao longo do exercício da profissão diversos problemas de saúde, que vão desde doenças osteomusculares, cardiovasculares, da garganta a problemas emocionais que têm levado ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout devido às condições de trabalho e ao salário a que a categoria está exposta, favorecem o desenvolvimento de enfermidades que, muitas vezes, não são reconhecidas como doenças ocupacionais e desencadeiam ou potencializam vários problemas que interferem na saúde da mulher trabalhadora em educação”, explica a secretária de Relações de Gênero da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Isis Tavares Neves.
Outros eixos temáticos da Conferência serão o papel do Estado no desenvolvimento socioeconômico e ambiental e seus reflexos na vida e na saúde das mulheres, o mundo do trabalho e suas consequências na vida e na saúde das mulheres, vulnerabilidades e equidade na vida e na saúde das mulheres e políticas públicas para as mulheres e a sua participação social.
"A CNTE realizou, no ano passado, um seminário que discutiu a saúde dos/as trabalhadores/as em educação com a presença do presidente do CNS, Ronald Ferreira dos Santos. É fundamental discutir políticas de saúde laboral da nossa categoria como um todo e, em especial, das mulheres trabalhadoras em educação, como fator importante que incide diretamenre na qualidade da educação pública", ressalta a secretária de Saúde da CNTE, Francisca Pereira.
As etapas da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres começaram em março deste ano, sendo a etapa nacional prevista para os dias 1º, 2, 3 e 4 de agosto. A primeira Conferência foi em 1986. Após 30 anos, ela retoma as discussões e reúne as mulheres para pensar a política nacional de saúde. A expectativa do CNS é que a Conferência seja a efetivação do controle social no Sistema Única de Saúde (SUS) para as mulheres.
Confira as datas dos Estados que já marcaram suas Conferências Estaduais de saúde das Mulheres:
Acre - 19 a 20 de junho
Amapá - 27 a 29 de junho
Amazonas - 12 a 13 de julho
Alagoas - 05 a 06 de julho
Bahia – 27 a 29 de junho
Ceará - 07 e 08 de junho
Distrito Federal – 30/06 e 01/07
Espírito Santo – 06 e 07 de junho
Goiás - 28 a 29 de junho
Maranhão - 08 a 09 de junho
Mato Grosso - 26 a 28 de maio
Mato Grosso do Sul - 10 a 12 de julho
Minas Gerais – 05 a 07 de julho
Pará – 19 e 20 de junho
Paraíba - 19 a 20 de junho
Paraná – 13 de junho
Pernambuco – 14 a 16 de junho
Piauí – 19 e 20 de junho
Rio de Janeiro - 10 de junho
Rio Grande do Norte – 12 a 14 de junho
Rio Grande do Sul – 09 a 11 de junho
Roraima - 07 a 09 de junho
Rondônia - 20 a 22 de junho
Santa Catarina – 13 e 14 de junho
São Paulo – 06 a 08 de junho
Sergipe – 20 de junho
Tocantins – 13 e 14 de junho
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