"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Governo segue sem atender pontos básicos do magistério catarinense

Membros da Executiva Estadual do SINTE/SC estiveram reunidos com a Secretaria da Educação, para tratar de diversas pautas: Intérprete de Libras, Calendário Escolar 2017, Professores das Salas Informatizadas, Reforma Ensino Médio, escolha de vagas dos ACTs, entre outros. Ficou claro que o governo segue a mesma linha que vem tratando os trabalhadores em educação, nos últimos tempos, inclusive com precarização, no caso dos professores das salas informatizadas, quando confirmou que estes profissionais não serão contratados, e que os gestores das escolas ficariam responsáveis pelo setor, como era antes da contratação destes profissionais, sinalizando com o fechamento das salas informatizadas. Apresentou ao SINTE, projeto que não contempla as necessidades das escolas, apenas prevê a contratação de empresa de manutenção e possíveis melhorias nas redes de internet, além da promessa de melhorar a atuação da NTE.
Com relação à reforma do ensino médio, o governo apresentou o modelo que haverá redução da carga horária da base curricular. Das atuais 2.400 horas, teremos redução de 50%, trazendo para a base comum apenas 1.200 horas, ficando o restante da carga horária voltado ao itinerário específico do direcionamento técnico, um tipo de ensino voltado meramente para as questões de orientação para o trabalho e não para formação humana de forma global como defendemos.
O governo pretende, para o próximo ano, manter a base curricular na maioria das escolas do ensino médio, com os termos atuais, mas quer fazer uma “experiência” de 30 escolas, com ensino médio integral nos novos moldes, inclusive, estas que adotem esse sistema, a exigência é a redução gradual até a extinção do ensino noturno, assim como o ensino fundamental. Sobre as perdas salariais dos/as trabalhadores/as em educação, o governo não aceita abrir debate neste momento, nem mesmo tem data para fazer o pagamento retroativo das progressões, que o governo nos deve há mais de um ano. É indignante a postura que adota, quando diz que deve, mas não tem data para o pagamento. A respeito das faltas da greve de 2015, tivemos o anúncio que está sendo construída uma retificação na Lei 668 aprovada no ano passado, que trata da anistia das faltas de 2015 e da aposentadoria, trazendo novamente a média da carga horária dos últimos 3 anos para aposentadoria, mas não apresentaram o projeto na íntegra, que, segundo o governo, irá até o final do ano para a ALESC.
Sobre o calendário de 2017, questionamos o recesso, consideramos que ele deve ser de descanso e recuperação para os professores, enquanto o governo traz de novo uma semana de formação e outra de recesso aos professores. Nossa sugestão é que a formação seja colocada ao longo do ano e não concentrada apenas em uma semana no recesso, sendo que estão previstas duas semanas para os estudantes. Os exames finais também não estão mais previstos, já que esses que não eram contabilizados nos 200 dias letivos agora passam a ser. O SINTE criticou o governo, por não chamar a entidade para ajudar na elaboração e debate do calendário, algo que já foi praticado em outras gestões do Estado. A SED pediu que mandássemos por escrito nossas sugestões, para que talvez possam adotar alguns pontos.
Sobre a escolha de vagas dos ACTs, a mesma acontecerá de 12 a 14 de dezembro, e a segunda chamada em fevereiro. Na oportunidade, os dirigentes cobraram providências da SED, sobre as péssimas condições estruturais oferecidas aos trabalhadores/as, na escolha das vagas, pela falta de clareza no quadro de vagas, entre outros problemas relatados. De forma geral, o governo segue na sua trajetória, abrindo mão de arrecadação cerca de 20% em recusa fiscal, isenções e a não contabilização dos impostos da CELESC para o repasse dos 25% para a educação, o governo insiste que não há recursos, e que não pode garantir os direitos dos/as trabalhadores/as em educação, o que consideramos um absurdo.
 
 

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