O Ministério da Educação(MEC) não quer discutir um novo ensino médio, quer impor sua vontade, sem ouvir pais, alunos e professores. Exemplo disso foi a falta de respeito do Coordenador Geral do Ensino Médio do MEC, o sr. Wisley João Pinto, ao abandonar o debate, logo após seu pronunciamento, na Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, pouco tempo após fazer sua fala, por cerca de meia hora, em defesa da MP 746/2016, com disfarce muito usual do “atendimento de ligação do celular” saiu de fininho, logo após a secretária da mesa retirar seu notebook da mesa, sem ouvir as demandas do público presente, ou seja, se concordar com eles, ouvem, se não concordar não querem nem saber.
Vergonhosamente, o MEC mostra sua faceta mais nefasta, a antidemocracia, assim como a edição da medida provisória para cuidar da educação básica brasileira, não quer ouvir, ceder, ou alterar suas regras impostas, através das mudanças previstas pela medida. Assim, cabeças pensantes de uma sala confortável, debaixo de ar condicionado, regada a muito cafezinho, mas sem sentir o peso da sala de aula e suas especificidades regionais, querem determinar o que é bom e o que não é, à do cidadão brasileiro, principalmente, alunos de escolas públicas.
A audiência contou com um público composto por professores, alunos, pais, entidades representativas, representantes de instituições, movimentos sociais e sindicatos, O SINTE esteve representado em grande número, que lotou o Auditório Antonieta de Barros da ALESC. Infelizmente, pelo abandono do representante do MEC, o público exigiu seu retorno, o que não aconteceu. Como os protestos continuaram, o presidente da Comissão de Educação, que presidia a mesa, deputado Antonio Aguiar(PMDB), de forma autoritária, encerrou a audiência pública, sem aprofundar os problemas que a MP traz ao ensino. A deputada Luciane Carminatti (PT), vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, coordenou, com o público presente, a continuidade dos trabalhos, de forma informal, porém, com elaboração de documento, que será enviado ao Ministério da Educação, pelo debate feito pelos presentes.
O SINTE repudia o fato do abandono do representante do governo, no debate das mudanças na educação brasileira, a falta de diálogo do Ministério.
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