"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



terça-feira, 1 de novembro de 2016

Deputados defendem diálogo com estudantes que ocupam escolas públicas

(Texto: Ludmilla Gadotti;Agência AL)

Os deputados Dirceu Dresch (PT) e Fernando Coruja (PMDB) fizeram pronunciamentos na tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira (1º), em defesa da manutenção de um diálogo permanente do governo com os estudantes mobilizados em ocupações nas escolas públicas e universidades em todo o Brasil.
Os alunos protestam contra o projeto de reforma do ensino médio do governo Michel Temer (PMDB) e a PEC 241, que limita gastos públicos por 20 anos e pode reduzir o investimento em educação e saúde.
Dresch, que é o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento catarinense, comentou que visitou, no último fim de semana, várias escolas ocupadas na Capital e no interior do estado. “Conversando com esses jovens, conheci a realidade deles e o que representa o movimento de ocupação. Aprendi muito. É uma nova geração que quer discutir temas importantes, que muitas vezes não priorizamos no debate, e participar da construção do futuro do país.”
Para o parlamentar, o governo federal deve rever a postura de confronto. “A cada dia aumenta esse movimento tão importante, em que a sociedade, especialmente os estudantes, reage contra a famigerada PEC 241, que vai acabar com a educação pública do país. Enganam-se o ministro da Educação e o presidente Temer se acham que vão aprovar qualquer projeto da área sem debate com a sociedade, empurrando goela abaixo. E nem pensem em colocar agentes da segurança pública pra cima de crianças e adolescentes que lutam por seus direitos e precisam ser respeitados. Precisamos dialogar com essa juventude”, ressaltou Dresch.
Na avaliação de Coruja, a principal questão do movimento dos estudantes é a busca por diálogo e participação social. “Eles querem, fundamentalmente, que prestem atenção ao que têm a dizer e que se discutam as questões. Quando se diz que a juventude precisa participar da política, não esperem que essa participação seja apenas cantando o hino nacional, aplaudindo e criticando de forma tênue. Temos que ouvi-la com seus arroubos, exageros, erros, assim como escutamos um filho”, falou.  “Não precisamos aumentar o confronto. Não se resolve com polícia desocupando escolas. Essa não é a maneira adequada. Precisamos de diálogo. Os estudantes têm que participar do debate para acabarmos com esse marasmo de descrença, assim as coisas podem funcionar”, acrescentou.

Movimento nacional
De acordo com Dresch, o dia 11 de novembro será marcado por mobilizações de trabalhadores em todo o país, lideradas por centrais sindicais, em oposição às reformas propostas pelo governo de Michel Temer.  “Começará no Brasil uma reação, um grande movimento de trabalhadores do campo e da cidade pelos seus direitos. Será um ato contra a PEC 241, que acaba com a saúde, a educação e os serviços sociais; a terceirização; a reforma na previdência; a Medida Provisória (MP) 746/2016 para reestruturação do ensino médio.”

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