"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Resposta aos deputados e a Moacir Pereira sobre o massacre contra o Magistério

Concordamos com o colunista Moacir Pereira, um esquema de segurança tão rigoroso como nunca tínhamos visto na ALESC foi a forma que o governo adotou, para permitir que os deputados votassem projetos que mudam, não só a vida dos/as servidores públicos, mas o atendimento à população em geral. A data de 17 de dezembro de 2015 ficará para sempre registrada como o dia em que o governo do Estado, com o aval de seus asseclas, perpetrou um dos piores atos da história contra a educação do Estado de Santa Catarina. De forma maquiavélica, o governo empurrou por quatro anos a discussão, para aprová-la no último dia de funcionamento da ALESC, antes do recesso parlamentar.
Os deputados que votaram sim, pela destruição da educação catarinense, voltam para suas casas, para comemorar o final de ano, junto de seus familiares, com seus gordos salários intactos, e provavelmente com um belo abono natalino. Por outro lado, presentearam a educação, com zero de reajuste em 2015, congelamento dos salários, por até três anos, incorporação da regência de classe, e nenhuma garantia de que o governo aplicará algum reajuste, no próximo ano, e, se aplicar, o valor será de 5%, de forma parcelada, o que não cobre sequer a inflação deste ano.
Quanto às palavras do colunista Moacir Pereira, de que os/as manifestantes não eram professores/as, mas, sim, ativistas radicais e agitadores/as profissionais ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), esclarecemos que não eram apenas cutistas, mas, sim, representantes de várias centrais sindicais, como a CUT, CSP Conlutas, Intesindical e grupos independentes que fazem parte do Fórum dos/as Servidores/as Públicos, unidos na luta aos ataques que o governo vem fazendo contra a segurança, a saúde e a educação. O SINTE/SC esclarece, ao colunista e aos deputados, que eram professores/as, sim, ligados a diferentes centrais sindicais, que não tiveram outra alternativa, a não ser espernear, e, mesmo que não tenham conseguido barrar o rolo compressor do governo, deixaram muito claro, à sociedade catarinense, o seu profundo descontentamento com a situação. Por isso, lutamos com as armas que tínhamos, bolas de papel, soutiens, ou pular no plenário. Naquele momento, o que nos restava fazer? Sentar e ouvir o carrasco proclamar a sentença, de boca fechada, ou protestar? Por acaso, o “nobre” colunista esperava que fôssemos ao matadouro, como cordeiros passivos, esperando o momento da degola?
O próximo ano é ano de eleições, e os deputados que votaram contra a educação serão candidatos a prefeito, em seus municípios, e é bom que saibam que não serão esquecidos pelos/as profissionais da educação, que saberão responder à altura, no momento certo.
Quanto ao secretário Eduardo Dechamps, sua atuação, durante todo o processo, foi enrolar, descumprir os acordos. Além disto, o secretário não foi transparente, manipulou e iludiu a categoria nas web conferências que fez pelo Estado, pois sabia muito bem que a proposta, levada por ele nas discussões, jamais seria implementada. Por isso, perguntamos ao SR. secretário: Se a intenção do governo era implementar a proposta discutida, pelo Estado afora, por que não foi implementada, naquela ocasião, da mesma forma que foi feito agora, usando força policial e o rolo compressor da ALESC?
A resposta é muito simples, sua intenção nunca foi a de implementar tal proposta, mas, sim, criar situação de conflito e desconfiança, na base, afirmando que o Sindicato não aceitava o que estava sendo proposto. Além disso, em suas falas, o secreário sempre afirmou que o projeto só seria encaminhado à ALESC, depois de discutido e acordado com a entidade. Porém, o que aconteceu foi exatamente o contrário: o SINTE/SC concordou em negociar. Sentamos, discutimos, fizemos acordos, que foram todos ignorados, e, no apagar das luzes, o governo o encaminhou, da forma que realmente queria. Sofremos um revés, perdemos esta batalha, mas não perdemos a guerra, e nossa luta continua!

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