A
fala do secretário da Educação, aos/às diretores/as, através da
webconferência, demonstra a forma como o governo Colombo orienta
seus comandados a agirem, fatos o que o SINTE/SC já denunciava: a
farsa da Gestão Democrática implementada pelo governo, via decreto.
Em
seu discurso, o secretário afirma categoricamente que as direções
são cargos de confiança do governador, ou seja, continuam sendo
indicados pelos partidos da base aliada e o processo de eleição,
que, aliás, não conseguiu atingir um número expressivo de escolas,
é apenas uma forma criada para dar a ideia ilusória de Gestão
Democrática, na mesma linha do pacote de ilusões do Plano de
Carreira.
Outra
coisa que chama a atenção é a forma arbitrária com que o
secretário se dirige aos/às diretores, numa postura ditatorial e
intransigente, comparável à postura dos regimes de exceção, que
não compactuam com o atual regime democrático de direito, nem
tampouco com a imagem de negociador, que ele tenta transmitir à
população, em suas entrevistas. Ao que parece, a máscara caiu, e
sua fala reflete o desespero de quem está sendo pressionado pelo
governador, para que mantenha sua tropa de choque sob controle,
incitando-a a aterrorizar os/as professores/as grevistas, para que
estes/as desistam do movimento, pois sua cabeça está a prêmio.
A
fala do secretário, afirmando que os diretores não podem ser
“pelegos do Sindicato”, foi de alguém que não entende nada de
sindicalismo, e de um primarismo absoluto. Lembramos ao secretário
que, antes de qualquer coisa, os/as diretores/as são profissionais
da educação, e a eles é garantido o direito à filiação
sindical, e apoiar a greve, ou não, é seu direito legítimo.
Acusá-los
de “pelegos do Sindicato” é um tanto estranho, pois “pelego”
é aquele que ignora as reivindicações de sua base, para negociar
com o patrão. Por isso, quem está levando os/as diretores/as a
serem “pelegos” é o secretário, quando afirma que a negociação
se dará, via webconferência, com os/as gestores, ignorando a
Constituição, e passando por cima da categoria.
Sua
maneira de agir demonstra a forma maniqueísta e despreparada, na
condução de qualquer pleito dos/as trabalhadores da educação
catarinense, pois o que ele tenta fazer é convencer o Sindicato a
negociar, não o direito dos/as trabalhadores/as, mas, sim, aquilo
que o governo quer. Por isso, o SINTE/SC repudia todo e qualquer ato
de coerção, por parte do governo, que venha a atingir os direitos
dos/as trabalhadores/as, pois este tipo de atitude se constitui em
assédio moral, uma total falta de respeito à democracia. Este vídeo
é apenas a ponta do iceberg do clima de terror instalado pelos
diretores, orientados pela SED, dentro das escolas de todo o Estado
de Santa Catarina.
Eis a fala do secretário:
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