"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... a vida é 'muito', para ser insignificante". Charles Chaplin.



quarta-feira, 10 de julho de 2019

SINTE/SC: Governo ataca com a meritocracia e tenta tirar o foco da Carreira, Piso e Concurso

No final deste primeiro semestre de 2019, o magistério catarinense foi surpreendido por um novo discurso da SED, apresentando a MERITOCRACIA como novo mecanismo remuneratório.
Em que pese as contradições inúmeras já apontadas pelo Governo Moisés na educação catarinense, essa talvez seja uma das mais preocupantes, pois baseia-se em um modelo excludente e de amparos mercadológicos e que não primam pela valorização e qualidade da educação pública com equidade.
Em meio ao caos já instalado na educação pública catarinense, potencializado pelas perdas salariais, péssimas condições de trabalho, assédio moral e coação profissional, outros debates estão escamoteados nessa proposta, como, por exemplo, tirar o foco da nossa luta pela CARREIRA, PISO SALARIAL e CONCURSO PÚBLICO, uma vez que estamos diante de uma rede estadual de ensino que tem, em sua grande maioria, professoras/es ACT´s; ou seja, profissionais admitidos em caráter temporário. 
Pior, a metodologia meritocrática tenta, a todo custo, desresponsabilizar o Estado pela política educacional, induzindo o senso comum a acreditar que o mérito espontâneo individual vai estabelecer a qualidade necessária à educação pública. Em outras palavras, se os “objetivos e metas” não forem atingidos, a responsabilidade passa a ser inteiramente do magistério e não de quem teria a obrigação na gerencia do sistema.
O SINTE/SC entende que a busca pelo mérito é algo inerente ao ser humano e às sociedades, mas ela impõe condicionantes externos. O mérito só pode ser atingido através de instrumentos e condições adequadas de trabalho, salários dignos, valorização do magistério e colocando, na prática, a “velha máxima” dos discursos governamentais de que a “educação pública é prioridade”. Portanto, em condições desiguais, o mérito torna-se atingível a uns e inatingível a outros. E os que não o alcançam, na visão da “proposta” estão sujeitos a preconceitos e até mesmo a punições, como cortes de investimentos que só agravam ainda mais a situação dos que necessitam de mais insumos para atingir o mérito.
Exigimos que o governo receba a direção do SINTE/SC para debater essa e outras demandas represadas, uma vez que a solicitação de audiência com o governador e com o secretário de Educação já foi protocolada.

NÃO À MERITOCRACIA. A LUTA É PELO PISO, CARREIRA E CONCURSO PÚBLICO!
Só assim atingiremos o mérito justo para a Educação Pública.

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