O conjunto dos/as trabalhadores/as em educação presentes na última Assembleia Estadual do SINTE/SC, dia 28/03, aprovou, por unanimidade, moção de repúdio e indignação pela perseguição sofrida por professoras e professores, com base na doutrinação produzida pelo Movimento Escola sem Partido. Várias entidades já se manifestaram a respeito dos recorrentes casos que vêm acontecendo no País, em especial a ANPUH – Associação Nacional de História -, que denuncia várias situações ocorridas.
Destacamos o caso da professora Marlene de Fáveri, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), acusada de fazer propaganda feminista, ao ministrar curso que tem como temática exatamente o feminismo. A professora está sendo processada por uma ex-aluna, que se inscreveu no curso, e que se diz constrangida, como cristã e antifeminista, pela matéria apresentada e discutida nas aulas. Esse caso evidencia a falácia desse movimento, que pretende impedir que os professores de História abordem, em suas classes, quaisquer temas que considerem contrários à ideologia que defendem, acusando-os exatamente de fazerem propaganda ideológica.
Não aceitaremos uma educação amordaçada, onde não se produza espaço para debates, informações e pensamento crítico. Vale ressaltar que a professora em questão é reconhecida por seus pares, pela excelência de seu trabalho de pesquisa e pela seriedade com que se dedica à docência. No entanto, vem sofrendo retaliações, por abordar em um curso, conteúdo pertinente à própria temática do curso, o que representa um contrassenso absoluto.
O SINTE/SC declara total solidariedade à professora e demais colegas que estejam vivendo situação semelhante. Dizemos não à Escola da Mordaça, por defendermos uma escola crítica e democrática, em que o conhecimento se produza por meio do debate e da liberdade de expressão.
SINTE/SC
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